sábado, 24 de novembro de 2012

Fora de Acasos



Eu vi-a. Os olhares cruzaram-se e a química desencadeou-se, os seus caracóis escuros e os seus olhos que pareciam perfurar a grande muralha da minha mente prenderam-se aos meus. O seu corpo nu e coberto de gotas que mostravam a suavidade da sua pele absorvia toda a luz do balneário onde apenas me encontrava eu e ela. A morena pele deixava com que as gotas descessem pela sua coluna direitas ao seu redondo rabo. O seu cabelo ensopado, colado ao corpo, pedia que fosse retirado dos seus seios e a sua cabeça virou-se novamente de perfil fazendo com que a água beijasse os seus lábios carnudos.
     Virei-me para o lado oposto e tomei o meu banho tentando não pensar naquela imagem de olhos quase negros.
     Enrolei-me na toalha depois de ela sair e fui para o meu cacifo, abri-o, retirei de lá a minha bolsa e quando o fechei, a sua presença atraiu-me mesmo por detrás da porta do cacifo assustando-me, fazendo com que o meu coração saltasse, primeiro de tremor e depois por outro motivo. Os seus olhos vaguearam pelo meu corpo coberto apenas com uma toalha, algo que eu desejava que as suas mãos tirassem. Observei-a e ela ainda estava nua, da minha altura, encostada á série de cacifos negros, os cabelos ainda lhe cobriam os seios.
     - Boa noite. – Disse a sua voz grave e aveludada fazendo com que arrepia-se e os peitos endurecessem.
     - Boa noite. – Respondi desconfiada.
     - És nova por aqui?
     - Não.
     A sua cabeça abanou e formou um sorriso travesso, algo selvagem e demasiado sensual. Os seus olhos pararam na minha toalha e só depois na minha cara, o seu corpo avançou, ritmado, paciente, parecia um leão pronto a atacar.
     As suas mãos pousaram na minha cara e os seus lábios foram de encontro ao meu ouvido,  começando a sussurrar com palavras serenas e ferozes, um instinto animal que ela inspirava.
     - Eu conheço-te Sara... – Ronronou.
     Comecei a sentir-me quente não só nas faces como também no meio das pernas, comecei a sentir-me inchada de desejo.
     Ela puxou-me pela toalha e beijou-me tão ardentemente que por momentos jurei pensar que a minha respiração fosse a sua.
     - Sei que queres.
     Ela pegou na minha mão e pousou-a sobre o seu seio. Não aguentei. Deixei lá ficar a mão e acariciei-a, o seu pescoço alongou para trás recebendo as minhas caricias e ela tirou o cabelo descobrindo por completo os seus seios nada modestos.
     Ela retirou a minha mão de repente e agarrou-me nas duas mãos prendendo-mas acima da cabeça contra a parede fria e retirou-me a toalha. Fiquei completamente nua diante do seu olhar e o meu corpo queria algo que ela estava disposta a dar. A sua respiração encontrou o meu pescoço e os seus lábios encheram-no de beijos que me queimavam. A sua mão brincava com os meus seios até esta ir descendo mais abaixo do meu umbigo, até que tocou mesmo em cima fazendo que o meu corpo estremecesse para logo a seguir sem aviso prévio ela me colocasse um dedo no meu centro e o, retira-se logo. Deixei escapar um gemido. Estava totalmente molhada.
     Ela descolou-me da parede e caímos ambas para o chão ficando ela sobre mim, sentindo o seu peito em cima do meu e a sua perna junta onde não devia. Uma sensação totalmente erótica.
Os seus lábios desceram da minha boca, percorreram o pescoço, até adornar os meus peitos até me lamberam abaixo do umbigo, até chegarem onde eu queria. Começou com beijos suaves que me cobriram com calafrios e depois murmurou.
     - Gosto de ti assim, toda molhada e só para mim.
     A sua boa enterrou-se em mim e a sua língua tomou posse da minha consciência, as suas mãos prendiam as minhas pernas e continuou entre lambidelas quentes e sedutoramente apelativas a dar-me um prazer constante.
     Antes que eu me viesse as suas mãos tomaram lugar da sua boca e com dois dedos cobriu-me e deixou-me fora de mim. Enquanto trabalhava em baixo, chupava os meus seios e tudo numa mística de turbulência que fazia com que me perdesse. Tão rápida, forte e sabia tão bem.
     Vim-me completamente aliviada na sua mão para depois os seus lábios encontrarem os meus e me beijarem com fervor.
     - És linda aqui deitada no chão.
     Sem dizer nada o seu corpo deitou-se a meu lado e ficamos ambas, encostadas, uma á outra.

Completas estranhas, duas mulheres e um sentimento.

                                                                                       Alex Eros
                                                                                             19:19h
                                                                                         24/11/2012                                                                                                                                
                                                                                              Sáb.