Eu vi-a. Os olhares
cruzaram-se e a química desencadeou-se, os seus caracóis escuros e os seus
olhos que pareciam perfurar a grande muralha da minha mente prenderam-se aos
meus. O seu corpo nu e coberto de gotas que mostravam a suavidade da sua pele
absorvia toda a luz do balneário onde apenas me encontrava eu e ela. A morena
pele deixava com que as gotas descessem pela sua coluna direitas ao seu redondo
rabo. O seu cabelo ensopado, colado ao corpo, pedia que fosse retirado dos seus
seios e a sua cabeça virou-se novamente de perfil fazendo com que a água
beijasse os seus lábios carnudos.
Virei-me para o lado oposto e tomei o meu banho tentando
não pensar naquela imagem de olhos quase negros.
Enrolei-me na toalha depois de ela sair e fui para o meu
cacifo, abri-o, retirei de lá a minha bolsa e quando o fechei, a sua presença
atraiu-me mesmo por detrás da porta do cacifo assustando-me, fazendo com que o
meu coração saltasse, primeiro de tremor e depois por outro motivo. Os seus
olhos vaguearam pelo meu corpo coberto apenas com uma toalha, algo que eu
desejava que as suas mãos tirassem. Observei-a e ela ainda estava nua, da minha
altura, encostada á série de cacifos negros, os cabelos ainda lhe cobriam os
seios.
- Boa noite. – Disse a sua voz grave e aveludada fazendo
com que arrepia-se e os peitos endurecessem.
- Boa noite. – Respondi desconfiada.
- És nova por aqui?
- Não.
A sua cabeça abanou e formou um sorriso travesso, algo
selvagem e demasiado sensual. Os seus olhos pararam na minha toalha e só depois
na minha cara, o seu corpo avançou, ritmado, paciente, parecia um leão pronto a
atacar.
As suas mãos pousaram na minha cara e os seus lábios
foram de encontro ao meu ouvido, começando a sussurrar com palavras serenas e
ferozes, um instinto animal que ela inspirava.
- Eu conheço-te Sara... – Ronronou.
Comecei a sentir-me quente não só nas faces como também
no meio das pernas, comecei a sentir-me inchada de desejo.
Ela puxou-me pela toalha e beijou-me tão ardentemente que
por momentos jurei pensar que a minha respiração fosse a sua.
- Sei que queres.
Ela pegou na minha mão e pousou-a sobre o seu seio. Não
aguentei. Deixei lá ficar a mão e acariciei-a, o seu pescoço alongou para trás
recebendo as minhas caricias e ela tirou o cabelo descobrindo por completo os
seus seios nada modestos.
Ela retirou a minha mão de repente e agarrou-me nas duas
mãos prendendo-mas acima da cabeça contra a parede fria e retirou-me a toalha.
Fiquei completamente nua diante do seu olhar e o meu corpo queria algo que ela
estava disposta a dar. A sua respiração encontrou o meu pescoço e os seus
lábios encheram-no de beijos que me queimavam. A sua mão brincava com os meus
seios até esta ir descendo mais abaixo do meu umbigo, até que tocou mesmo em
cima fazendo que o meu corpo estremecesse para logo a seguir sem aviso prévio
ela me colocasse um dedo no meu centro e o, retira-se logo. Deixei escapar um
gemido. Estava totalmente molhada.
Ela descolou-me da parede e caímos ambas para o chão
ficando ela sobre mim, sentindo o seu peito em cima do meu e a sua perna junta
onde não devia. Uma sensação totalmente erótica.
Os seus lábios desceram da minha boca, percorreram o
pescoço, até adornar os meus peitos até me lamberam abaixo do umbigo, até
chegarem onde eu queria. Começou com beijos suaves que me cobriram com
calafrios e depois murmurou.
- Gosto de ti assim, toda molhada e só para mim.
A sua boa enterrou-se em mim e a sua língua tomou posse
da minha consciência, as suas mãos prendiam as minhas pernas e continuou entre
lambidelas quentes e sedutoramente apelativas a dar-me um prazer constante.
Antes que eu me viesse as suas mãos tomaram lugar da sua
boca e com dois dedos cobriu-me e deixou-me fora de mim. Enquanto trabalhava em
baixo, chupava os meus seios e tudo numa mística de turbulência que fazia com
que me perdesse. Tão rápida, forte e sabia tão bem.
Vim-me completamente aliviada na sua mão para depois os
seus lábios encontrarem os meus e me beijarem com fervor.
- És linda aqui deitada no chão.
Sem dizer nada o seu corpo deitou-se a meu lado e ficamos
ambas, encostadas, uma á outra.
Completas estranhas, duas mulheres e um sentimento.
Alex Eros
19:19h
24/11/2012
Sáb.
Sáb.